quarta-feira, 6 de maio de 2009

Jaco Pastorius (1951-1987)

Um daqueles garotos habilidosos que se dão bem em quase tudo que fazem, John Francis (Jaco) Pastorius era um sujeito de gênio agitado. Na adolescência aventurou-se na bateria tocando em bandas de Ft. Lauderdale, na Flórida, seguindo os passos de seu pai, também baterista. Alguns anos mais tarde, após uma fratura no braço esquerdo decorrente de sua agitada vida esportiva, resolve experimentar o contrabaixo elétrico e compra um em uma loja de penhores. Assim que começa a tocar sente incrível afinidade com o instrumento, algo muito mais forte que aquilo que sentia em relação ao piano ou saxofone que também tocava. É influenciado pelo r&b, rock e jazz, além da música caribenha que ouvia em seu primeiro emprego como músico, em um cruzeiro turístico que às vezes durava semanas, viajando pela costa do México, Haiti, Jamaica e Bahamas. Um belo dia Jaco resolveu arrancar os trastes de seu baixo elétrico e inventou o baixo fretless, inovando a técnica e ampliando as possibilidades. Ou, como disse um crítico, trouxe maturidade ao instrumento. Foi o maior revolucionário do instrumento e um dos músicos mais ousados e criativos do (jazz?, funk? rock?), seja por sua maneira estarrecedoramente rápida de tocar, sonoridade inigualável ou pela maneira de compôr misturando estilos e timbres exóticos, o que o tornou um dos mais influentes e inovadores compositores de fusion. No ínicio dos anos setenta foi contratado para o que seria seu primeiro emprego como músico profissional: tocar na banda de Ira Sullivan e na banda do Ft. Lauderdale Bachelor III Club, por onde passavam (e tocavam) muitos músicos proeminentes, entre eles seu futuro parceiro, Pat Metheny. O Blood Sweat and Tears foi uma das bandas a tocar, em 1976, no Bachelor Club. Seu baterista Bobby Columby, impressionado com o talento de Jaco, arranjou com sua gravadora uma sessão em Nova Iorque, da qual resultou seu primeiro disco, intitulado simplesmente Jaco Pastorius. Participaram das gravações: Mike Gibbs, Don Alias, Herbie Hancock, Wayne Shorter e Hubbard Laws. Bobby Columby pode ser considerado o responsável pela entrada de Jaco para o Weather Report, uma vez que participou do seu disco o núcleo do grupo. No mesmo ano Jaco completa ao lado de Bob Moses o trio do primeiro disco de Pat Metheny. Na época em que tocou com o BS&T (por um curto período antes entrar para o WR) praticamente todos os integrantes do grupo estavam consumindo muitas drogas, especialmente cocaína, exceto Jaco que se dizia naturalmente alucinado. Certa vez, quando se apresentavam em Tóquio, foi visto completamente nu e aos gritos sobre uma moto em alta velocidade. Foi peça fundamental do Weather Report no periodo de 1976-1982, o mais fértil do grupo, exercendo grande influência sobre o pianista-tecladista Joe Zawinul. Após sair do Weather Report segue carreira solo liderando big bands e mostra grande inventividade como compositor, deixando clara sua herança musical e liberdade de espírito. Ao que parece Jaco sofria de mania depressiva, o que o levou no começo dos anos 80 a beber, consumir cocaína e a perambular pela cidade. Seu temperamento irregular, por vezes nas alturas e por vez no mais fundo dos poços, somado à agressividade, o álcool e cocaína, prejudicaram imensamente sua carreira. Em 1987, após discutir com seguranças de um clube que não queriam deixá-lo entrar, morre vítima de espancamento.

John Patitucci

Um dos contrabaixistas mais admirados da nova geração, Patitucci descobriu o jazz por acaso, quando seu avô trouxe para casa uma caixa de discos de jazz que ninguém queria - incluindo discos de Thad Jones, Art Blakey, Wes Montgomery and Ray Charles. Tocou rock e pop na adolescência, e quando a família se mudou para a Califórnia em 1972, começou a estudar o baixo acústico. Seu professor Chris Poehler o apresentou à tradição do contrabaixo jazzístico. Patitucci estudou a obra de mestres como Ron Carter, Dave Holland, Charlie Haden, Eddie Gomez, Marcus Miller, Stanley Clarke e Jaco Pastorius. Tocou com o pianista Gap Mangione (irmão do pianista e trompetista Chuck Mangione) e com o vibrafonista Victor Feldman. Estudou por algum tempo na California State University e em 1982 já estava tocando com gente como Tom Scott, Robben Ford, Stan Getz, David Sanborn, Dave Grusin, Larry Carlton, Ernie Watts, Wayne Shorter e Freddie Hubbard. Em 1985 Patitucci deu um salto de visibilidade ao entrar para os grupos de Chick Corea, a Elektric Band e a Akoustic Band. (O encontro com Corea aconteceu quando John estava tocando junto com Feldman em uma festa na casa de Corea.) Com ambos os grupos Patitucci gravou vários discos e realizou inúmeras turnês. A música elaborada, ritmicamente poderosa e tecnicamente difícil de Corea lhe proporcionou o campo de provas ideal para seus vôos instrumentais. Em 1987 Patitucci fez sua estréia como líder no selo GRP, onde gravaria nos anos seguintes, e também na Stretch, a subsidiária da GRP dirigida por Chick Corea. Em 1994 voltou a residir em Nova Iorque com sua segunda esposa. Mesmo após deixar a Elektric Band, continuou trabalhando esporadicamente com Corea. No final dos anos 90, fez turnês européias com um trio formado pelo pianista Danilo Perez e pelo baterista Roy Haynes. Patitucci é um virtuose indiscutível de seu instrumento, tanto na versão acústica como na versão elétrica de seis cordas. São notáveis a sua velocidade, a nitidez de seu fraseado e a agilidade de sua mão esquerda, descrevendo com aparente facilidade saltos e figuras complexas no plano melódico e rítmico. Alguns críticos o censuram por (supostas) ocasionais exibições um tanto gratuitas de virtuosismo, mas, caso isso seja verdade, é plenamente compensado pelo material musicalmente denso e de bom gosto que Patitucci gravou.

Victor Wooten

Hoje tenho o prazer de falar um pouco de um grande baixista adorado por muitos e por mim também. Victor Wooten Victor Wooten Lemonte é americano(nascido em 11 set, 1964)e um dos melhores baixista da atualidade.Ele é conhecido por sua técnica,virtuosismo e sua habilidade como músico, compositor e autor.Wooten ganhou o prêmio " Baixista do ano" da revista Bass Player três vezes seguidas, e foi a primeira pessoa a ganhar o prêmio mais de uma vez.Além de uma carreira solo e participações com vários artistas, Wooten foi para o baixista Béla Fleck e os Flecktones desde a formação do grupo em 1988.